O Dia do índio, 19 de abril, foi criado pelo presidente Getúlio Vargas, através do decreto-lei 5540 de 1943. Desde então todos os anos celebramos e relembramos o que este povo faz e luta, diariamente, pela preservação da fauna e flora brasileira. A data de 19 de abril foi instituída em 1940, quando foi realizado o I Congresso Indígena da América Latina, no México. O principal objetivo da reunião é manter viva a cultura indígena em toda a América, criando regras e normas que assegurem a qualidade de vida desses povos, que ainda sofrem com a discriminação do homem branco.
Atualmente, o nosso país abriga 230 povos indígenas, falantes de cerca de 180 línguas. Cada tribo tem sua identidade própria, tem seu próprio jeito de se pintar, de se vestir e de se organizar. Hoje, a cultura indígena deve ser ensinada em todas as escolas brasileiras, conforme a Lei 1.645/08.
Um dos artesanatos mais lindos que encanta todo o mundo desde o descobrimento do Brasil!
Com a criação da Secretaria Especial de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, o Governo Federal se esforça para oferecer saúde de qualidade para todos os indígenas do país. O ministro Padilha destaca que ainda é um grande desafio desenvolver ações de promoção à saúde para essa população: ”A presença de profissionais médicos e de enfermagem avançou, mas precisamos avançar ainda mais". Leia mais no Blog da Saúde.
Um índio descerá de uma estrela colorida e brilhante
De uma estrela que virá numa velocidade estonteante
E pousará no coração do hemisfério sul, na América, num claro instante
Depois de exterminada a última nação indígena
E o espírito dos pássaros das fontes de água límpida
Mais avançado que a mais avançada das mais avançadas das tecnologias
Virá, impávido que nem Muhammed Ali, virá que eu vi
Apaixonadamente como Peri, virá que eu vi
Tranqüilo e infalível como Bruce Lee, virá que eu vi
O axé do afoxé, filhos de Ghandi, virá
Um índio preservado em pleno corpo físico
Em todo sólido, todo gás e todo líquido
Em átomos, palavras, alma, cor, em gesto e cheiro
Em sombra, em luz, em som magnífico
Num ponto equidistante entre o Atlântico e o Pacífico
Do objeto, sim, resplandecente descerá o índio
E as coisas que eu sei que ele dirá, fará, não sei dizer
Assim, de um modo explícito
(Refrão)
E aquilo que nesse momento se revelará aos povos
Surpreenderá a todos, não por ser exótico
Mas pelo fato de poder ter sempre estado oculto
Quando terá sido o óbvio
Um Índio
Caetano Veloso
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