segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Inclusão Social - Escola Municipal Haroldo Jorge Braun Vieira

Portadores de necessidades especiais no Brasil

A inclusão social orientou a elaboração de políticas e leis na criação de programas e serviços voltados ao atendimento das necessidades especiais de deficientes nos últimos 50 anos. Este parâmetro consiste em criar mecanismos que adaptem os deficientes aos sistemas sociais comuns e, em caso de incapacidade por parte de alguns deles, criar-lhes sistemas especiais em que possa, participar ou "tentar" acompanhar a ritmo dos que não tenham alguma deficiência específica. Tem sido prática comum deliberar e discutir acerca da inclusão de pessoas com algum tipo de deficiência: mencionando direitos inerentes a uma deficiência específica, abrangendo todos os direitos de forma generalizada, embrulhando-os, sem maiores cuidados em mostrar detalhadamente estes.
Assim a sociedade modificará em suas estruturas e serviços oferecidos, abrindo espaços conforme as necessidades de adaptação específicas para cada pessoa com deficiência a serem capazes de interagir naturalmente na sociedade. Todavia, este parâmetro não promove a discriminação e a segregação na sociedade. A pessoa com deficiência passa a ser vista pelo seu potencial, suas habilidades e outras inteligências e aptidões.
Desta forma é proposto o paradigma da inclusão social. Este consiste em tornar toda a sociedade um lugar viável para a convivência entre pessoas de todos os tipos e inteligências na realização de seus direitos, necessidades e potencialidades.
Por este motivo, os inclusivistas (adeptos e defensores do processo de inclusão social) trabalham para mudar a sociedade, a estrutura dos seus sistemas sociais comuns e atitudes em todos os aspectos, tais como educação, trabalho, saúde, lazer.
Sobretudo, a inclusão social é uma questão de políticas públicas, pois cada política pública foi formulada e basicamente executada por decretos e leis, assim como em declarações e recomendações de âmbito internacional (como o Tratado de Madrid).
A proposta de inclusão social de alunos com necessidades especiais, no ensino regular, é hoje garantida pela legislação educacional brasileira. Contudo, a inclusão com garantia de direitos e qualidade de educação ainda é um sonho a ser alcançado,um caminho a ser construído,onde varias mudanças serão necessárias:estruturais, pedagógicas e sem duvidas capacitação de professores no que se diz respeito a lidar com situações corriqueiras do dia a dia de sala de aula.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Inclus%C3%A3o_social

ONG Adaptsurf

A Adaptsurf promove a inclusão e a integração social das pessoas com deficiência (física, intelectual, sensorial ou múltipla) por meio do esporte e do lazer, aproveitando a praia como ambiente. Pioneira, é referência no Brasil em acessibilidade de praias e no uso do surfe adaptado como instrumento de desenvolvimento físico e emocional. Os empreendedores sociais beneficiaram diretamente e de modo transformador 520 pessoas desde 2008 em seus projetos no Rio de Janeiro, onde está baseada, e em cidades como Guarujá (SP), Niterói (RJ) e Arraial do Cabo (RJ).

Onda inclusiva
Trio de amigos embarcam numa “trip” em busca do surfe adaptado e da acessibilidade nas praias do país







JAIRO MARQUES
ENVIADO ESPECIAL AO RIO

Ao mesmo tempo em que o profissional de marketing Henrique Cardoso, 32, observa os movimentos que um aluno tetraplégico faz sobre a prancha de surfe para atribuir-lhe uma nota, Luana Nobre, 27, formada em educação física, já prepara a próxima competidora, uma jovem com paralisa cerebral, para entrar na água.

No mar, buscando a “onda perfeita” para um aluno cego, ajeitando o posicionamento e dando segurança para as manobras dele, está o fisioterapeuta Phelipe Nobre, 33.

O trio –que numa ensolarada tarde de sábado promovia um torneio entre seus 40 alunos– compõe a ONG Adpatsurf, que proporciona o prazer de ir à praia, com condições de acessibilidade, aliado à prática de surfe, para pessoas com deficiência física, sensorial e intelectual.

“O Henrique, além de cuidar de toda a parte administrativa da ONG, firmando convênios, patrocínios e a papelada toda, é a inspiração para nós e para os alunos. Como ele também tem uma deficiência, mostra que qualquer um pode surfar”, diz Luana.

Por causa de um roubo de uma bicicleta, acontecido em um 3 de dezembro –Dia Internacional da Pessoa com Deficiência–, Henrique, então com 18 anos, acabou levando um tiro cuja bala entrou pela barriga e atingiu a coluna vertebral. O ato o deixou por seis meses em uma cadeira de rodas.

Com a reabilitação, hoje anda de muletas e pega ondas de joelhos “com desenvoltura de profissional”, segundo seus parceiros de trabalho.

Antes de montar a ONG, fez trabalhos “burocráticos” em multinacionais, passou maus bocados para se firmar novamente diante de uma realidade com deficiência, consolou os pais –que anos antes do ocorrido com ele, já haviam perdido um filho em um acidente– e se encorajou para largar uma rotina tradicional de vida para se dedicar integralmente ao projeto social da Adaptsurf.

Acredita que a pós-graduação em gerenciamento de projetos do terceiro setor na Fundação Getulio Vargas, que começou neste ano, vai ser fundamental para conseguir deslanchar o ainda “ponto fraco” da associação: a sustentação financeira. Considera-se “um terço” da ONG e diz haver perfeita harmonia entre o trio.

“A Luana é a nossa parte emoção. Ela une os voluntários, incentiva os alunos a irem em frente, recebe todo mundo com um sorriso meigo. Ela adora o que faz e estuda muito sobre tudo que envolve as pessoas com deficiência. É ela quem tem o controle do desempenho de cada um que passa por aqui.”

Luana deixou a família e a vida tranquila no Paraná e foi para o Rio “por amor” –é casada com Phelipe, que morava na capital fluminense. Para que o parceiro tenha mais tempo livre para se dedicar aos trabalhos da ONG, declara não reclamar de trabalhar dobrado para “sustentar a casa”.

Ela dá aulas em uma escola particular durante o dia e em uma academia de ginástica à noite. Quer se especializar ainda mais em atividades adaptadas para deficientes e é convicta em dizer que seu grande sonho é motivar cada vez mais “o amor e o respeito entre as pessoas”. Com seus conhecimentos de práticas desportivas, desenvolveu, junto com o marido, os métodos para o surfe adaptado.

“Usamos os preceitos das aulas tradicionais de surfe, adaptando com a realidade de cada deficiente. A gente faz uma avaliação física, entrevista os alunos sobre seus potenciais
–equilíbrio, força, coordenação– e testamos o desempenho dele na areia. Depois disso, a gente determina como ele vai conseguir pegar a onda –deitado, de joelhos, sentado, agachado, em pé”, explica Phelipe.

O fisioterapeuta, que faz atendimentos particulares a pacientes do Rio, chega a passar quatro horas na água salgada, ao lado de voluntários que o auxiliam. Assim, ele garante que cada aluno faça uma sessão de ondas e vá aprimorando a prática para que, em algum momento, possa pegar sua prancha e aproveitar o mar da forma mais independente possível.

Os três querem, para um futuro breve, espalhar o conceito de “praia acessível” pelo país, divulgar para o mundo, com metodologia, que o surfe adaptado é possível para quaisquer deficiências e atrair mais mantenedores para poderem se manter totalmente com as atividades da ONG.






A Adaptsurf é pioneira no Brasil por unir os conceitos de acessibilidade à praia e prática de esporte adaptado. O modelo de praia acessível e banho de mar assistido por equipe especializada desenvolvido pela ONG foi o primeiro no país e teve inspiração em experiências realizadas em Portugal e na Austrália.

Antes da fundação da Adaptsurf, não existia mobilização nesse sentido nas praias brasileiras. O modelo das aulas de surfe adaptado é inovador no Rio de Janeiro, sendo praticado com algumas diferenças por duas instituições no litoral paulista (no Guarujá e em São Sebastião).

Um dos principais diferenciais é ter o foco na integração, utilizando o surfe como ferramenta, e não apenas na inclusão. O objetivo não é “ter um cantinho reservado para deficientes”, mas sim garantir que a praia seja “um ambiente de todos”, estimulando a interação e o convívio entre banhistas com e sem deficiência.

Para isso, realiza suas atividades diretamente na areia, em pontos movimentados das badaladas praias do Leblon (zona sul do Rio) e do Pepê, na Barra da Tijuca (zona oeste).

Outro elemento importante de diferenciação é sua metodologia educacional, operacional e de segurança. A Adaptsurf desenvolveu um método próprio e eficiente de ensino de surfe adaptado, com chancela da ISA (International Surf Association) e, sobretudo, a expertise dos três empreendedores sociais –um fisioterapeuta, uma professora de educação física com especialização em esportes inclusivos e um surfista com mobilidade reduzida. Dessa união, surgiu uma abordagem inovadora ao integrar saúde, educação e desenvolvimento pessoal.

Ao contrário de outras escolas de surfe, as aulas da ONG acontecem durante todo o ano, são gratuitas para todos os praticantes –independentemente de sua situação econômica– e voltadas para todas as deficiências (físicas e intelectuais).

Por meio de eventos como o Circuito Adaptsurf –primeiro e único do gênero no Brasil–, a organização tem sido a principal referência e protagonista na promoção do conceito de surfe adaptado no país.

É a única ONG no Brasil convidada pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) a participar do grupo de trabalho dedicado à normalização internacional sobre praias, no âmbito dos comitês da ISO (International Organization for Standardization), sendo responsável pelo tema acessibilidade.

Os resultados devem sair em 2013, e o selo internacional, em 2014. Também foi a organização escolhida como responsável pelo surfe adaptado no Rio pela Federação de Surfe do Estado.

Fonte: http://www.folha.com.br/113159
Performance de cadeira de rodas debaixo da água

Redação em 27/08/12


Performance de cadeira de rodas debaixo da água




Pela primeira vez, uma cadeira de rodas consegue fazer uma exibição debaixo da água. Isso graças à cadeirante Sue Austin que, em Londres, durante os eventos da Olimpíada Cultural, vai fazer uma performance.

A ideia é a invenção possa ser usada por mais portadores de deficência para aprender a mergulhar.

Assista ao vídeo, clique aqui


Nenhum comentário:

Postar um comentário